Um dos principais objectivos da OrganicA é alertar para os produtos tóxicos a que diariamente estamos expostos. Esta semana daremos algumas dicas para que possa reduzir as quantidades de pesticidas que ingere nos alimentos frescos. Natural não significa necessariamente saudável, sobretudo se for obtido com recurso a produtos químicos de síntese como pesticidas e fertilizantes, pelo que, sempre que possível adquira produtos de agricultura biológica pois este modo de produção está devidamente regulamentado e está sujeito a um controlo rigoroso durante todo o ciclo de produção. Actualmente é o modo de produção agrícola que oferece mais garantias em termos de segurança alimentar uma vez que proíbe o uso de pesticidas e fertilizantes de síntese, organismos geneticamente modificados, hormonas, promotores de crescimentos e antibióticos e outros medicamentos em prevenção. No caso das frutas e dos legumes deverá optar pelos produtos da época, pois estes levam geralmente menos tratamentos fitossanitários e não são colocados em câmaras frigoríficas onde habitualmente são aplicadas grandes quantidades de fungicidas pós colheita. De uma forma geral, a maça, a pera rocha, o morango, a uva, o tomate e a alface são normalmente as culturas que apresentam maior teor de pesticidas. Opte por espécies mais resistentes e portanto menos tratadas como a pera abacate, a anona, a ameixa, a cereja, e outros, dependendo da estação. No caso particular da batata, dê preferência pela batata nova, assim poderá evitar os químicos usados para reduzir a capacidade germinativa do tubérculo (anti-abrolhantes) assim como insecticidas para combate a pragas durante o período de armazenamento. Antes de preparar um chá de limão, note que os citrinos além de todos os outros pesticidas aplicados durante o ciclo de produção são sujeitos a tratamentos pós colheita à base de fungicidas que se acumulam na casca. Se não tiver limões biológicos, opte por infusões de ervas aromáticas de preferência de produção própria, sem químicos. Uma das razões, que leva a que as pessoas se tornem vegetarianas, é o conhecimento que têm, de como os animais são, muitas vezes, explorados, sem se ter em conta noções básicas de bem-estar animal. Espaços fechados, apertados, escuros, sem ventilação e sem as mínimas condições de higiene fazem destes animais autênticas máquinas de conversão de alimento em proteína animal. Antibióticos, promotores de crescimento, indutores de cio, outras hormonas, produtos para reduzir o metabolismo basal e diminuir o dispêndio de energia, coccidiostáticos e pesticidas tudo vale para tornar rentável o negócio. Na gordura, no fígado e no rim ficam normalmente armazenados os resíduos que resultam das produções intensivas, pelo que serão estes os produtos que deverá evitar adquirir, no seu talho. O mesmo se passa em relação ao peixe de produção intensiva, de aquicultura. Sempre que puder, adquira peixe de captura natural, através de artes de pesca sustentáveis, da nossa costa. Transformar o seu jardim numa pequena horta poderá ser uma boa solução para saber o que consome. Aconselhe-se antes de adquirir os produtos e tente saber se está a utilizar substâncias perigosas. Faça pressão junto da loja onde habitualmente compra os seus produtos agrícolas para que este lhe ofereça alternativas seguras, lembre-se que enquanto consumidores podemos e devemos exigir qualidade alimentar. OrganicA - Associação de Promoção de Agricultura Biológica da Madeira
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AutorA OrganicA surge da vontade de partilhar a nossa experiência enquanto consumidores comuns: as preocupações que sentimos, as coisas que aprendemos, as descobertas que fazemos e as atitudes que tomamos em prol de uma alimentação mais saudável e de um mundo mais sustentável. Archives
Junho 2017
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