Um novo estudo publicado esta semana no “British Journal of Nutrition” mostra que o leite e a carne biológica contêm aproximadamente mais 50% de ácidos gordos ómega-3 do que os convencionais, para além de uma maior concentração em alguns minerais essenciais e antioxidantes. As diferenças nos teores nutritivos notam-se não só no leite e na carne como em produtos derivados como a manteiga, natas, queijo e iogurte. Este é o resultado da maior análise sistematizada do género, desenvolvida pela Universidade de Newcastle e por uma equipa internacional de especialistas. Principais conclusões:
Na publicação das suas conclusões no British Journal of Nutrition, a equipa de investigadores comentou que os dados mostram que a mudança para a carne e leite biológicos resulta num aumento do nosso consumo de ácidos gordos importantes em termos nutricionais. Chris Seal, Professor de Nutrição e Alimentação Humana na Universidade de Newcaste, explica: “O Omega-3 está ligado a uma redução nas doenças cardiovasculares, a um melhor desenvolvimento e funcionamento neurológico e ao melhor funcionamento do sistema imunitário. A simples mudança de consumo para leite e carne biológica são uma boa forma de aumentarmos o consumo destes nutrientes tão importantes. Por outro lado Helen Browning, presidente da Soil Association no Reino Unido, referiu que “Este estudo confirma o que muitas pessoas sempre tomaram como certo – a forma como alimentamos e tratamos os animais afeta a qualidade da comida – seja leite, queijo ou um pedaço de bife. Estes cientistas mostraram que todo o esforço que agricultores biológicos dedicam a cuidar dos seus animais reflete-se na qualidade do produto, e traduz-se em mais valor pelo preço pago.” “Os métodos de agricultura biológica levam os agricultores a adotar técnicas que resultam em alimentos nutricionalmente diferentes. Depois do estudo publicado em 2014, que confirmava as diferenças nutricionais entre alimentos biológicos e convencionais, como a fruta e os vegetais, podemos agora dizer com toda a certeza que o modo de produção biológico torna os alimentos biológicos diferentes dos convencionais”. Fontes: Cambridge University Press British Journal of Nutrition OrganicA - Associação de Promoção de Agricultura Biológica da Madeira
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Junho 2017
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